No momento de emitir uma Nota Fiscal eletrônica, existem vários códigos que precisam ser informados, e um dos que mais causa dúvidas é o CFOP (Código Fiscal de Operações e Prestações), pois existem vários números e eles influenciam diretamente na arrecadação de impostos.
Ou seja, selecionar o número incorreto pode gerar o pagamento de tributos incorretos e até mesmo ocasionar multas.
Por isso, reunimos neste texto as informações importantes sobre esse código para que você entenda como ele funciona e saiba utilizá-lo.
O CFOP significa Código Fiscal de Operações e Prestações. Ele foi lançado pelo Governo Federal para padronizar documentos em todos os Estados e municípios. Corresponde a códigos de natureza comercial que devem ser registrados pelas empresas em qualquer nota fiscal — tanto de entrada (compras) quanto de saída (vendas).
Existem números distintos para transações feitas em um mesmo estado ou para o exterior. É dessa forma que o Governo determina, com precisão, se é preciso recolher impostos por conta da movimentação daquele produto.
Cada numeração representa uma prática específica, o que ajuda as companhias a compreender o que deve ser informado em cada situação.
Cada numeração representa uma prática específica, o que ajuda as companhias a compreender o que deve ser informado em cada situação. O primeiro dígito (chamado de milhar) diz respeito ao tipo de movimentação da carga. Se for uma entrada de mercadorias, seguirá o seguinte critério:
No caso de procedimentos de saída, o padrão será o seguinte:
Importante! Não há nenhum CFOP iniciado com os algarismos milhares 4, 8 e 9.
Identifica o tipo de operação que está sendo realizada, como se é compra, venda, transferência, industrialização etc. Este dígito não segue um padrão e pode variar de acordo com o primeiro dígito
Nestes dígitos o tipo de operação fica ainda mais específico, como o tipo de empresa para a qual ela é destinada, ou o tipo de mercadoria da operação.
Quando a empresa trabalha com comercialização de produtos e prestação de serviços de entrega, é comum lidar com CFOPs iniciando em 5, 6 e 7, que são indicadores de saída. Isso ocorre porque, para os fornecedores, essas atividades são de venda, ou seja, modalidades de saída.
No entanto, ao receber a carga, a instituição compradora precisa registrar a Nota Fiscal do item indicando um processo de entrada. Logo, o CFOP precisa iniciar em um número que corresponde a 1, 2 ou 3. Ao usar tabelas, essa operação pode ser feita de forma automática pelos sistemas de gestão da empresa.
Como vimos, o primeiro dígito define o tipo de operação, o segundo dígito retrata a natureza do procedimento, que pode ser de industrialização, devolução e exportação. Os dígitos restantes especificam a comercialização, como remessa de mercadoria para reparo ou evolução de compras para vendas.
Nesse caso, ficará especificado no documento fiscal que se trata de: aquisição de produto para industrialização, compra/venda, comodato, remessa simples, produção rural, entre outras ações.
No entanto, é recomendado contratar um contador para analisar cada transação e conferir qual o código a ser preenchido no documento.
No entanto, é recomendado contratar um contador para analisar cada transação e conferir qual o código a ser preenchido no documento.
A tabela de CFOP está disponível na SEFAZ (Secretaria da Fazenda) de seu estado. Basta acessar o site e buscar pela lista de CFOP. O Portal da Nota fiscal eletrônica também disponibiliza uma planilha com a listagem dos CFOP.
Vamos conferir mais alguns exemplos de CFOPs mais comuns e recorrentes na maioria das empresas:
O CFOP de compra é utilizado quando as empresas dão entrada nas mercadorias e também quando elas emitem notas fiscais a respeito de mercadorias que estão comprando (como quando adquirem mercadorias de produtores rurais, por exemplo). Abaixo, temos exemplos dos mais utilizados:
Estes são os mais simples de serem utilizados e são aplicados quando as empresas realizam a venda. Basta entender algumas características fiscais do produto para escolher o correto. Veja os mais comuns no ramo empresarial:
O CFOP de devolução é um dos que mais gera dúvidas, mas assim como nos outros casos, depende de detalhes sobre as operações, como a forma como ela foi adquirida ou recebida e de quem é a propriedade dos produtos
Os CFOP de industrialização também são usados por empresas que fazem negócios com indústrias, principalmente em circulação de mercadorias como remessas e retornos.
Sabemos que além de compras e vendas, existem muitos outros fatores que podem levar a circulação de mercadorias e a necessidade de emissão de notas fiscais para comprovar a operação.
A tabela de CFOP, assim como outros códigos necessários para a emissão de documentos fiscais como a CST (Classificação de Situação Tributária) irá continuar existindo, entretanto, serão necessários ajustes e adaptações nos códigos.
Hoje vários CFOPs definem a situação fiscal com base no ICMS, o que com certeza terá alterações, além de situações que deixam de existir, como a substituição tributária, além de outras que passaram a existir como eventos relacionados ao aproveitamento de impostos.
Vimos ao longo do texto que o CFOP pode ser complexo, mas basicamente, a escolha correta vem de conhecer as operações que a empresa está realizando para encontrar o código que mais se adapte a situação.
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